A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), orientam que as crianças com até 6 meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno e que, após os 6 meses, o aleitamento seja complementado com outros alimentos de forma oportuna e saudável. Estudos demonstram que o gasto médio com a compra de leite para alimentar um bebê até os 6 meses de vida no Brasil variam entre 38% a 133% do salário mínimo, além de outros custos indiretos. Assim, não amamentar, pode significar sacrifícios financeiros à família.
O aleitamento materno reduz em até 13% as mortes de crianças menores de cinco anos por causas evitáveis. ressaltando que as crianças de menor nível socioeconômico são as mais vulneráveis.
O leite materno:
- Protege contra várias infecções
- Auxilia na diminuição dos riscos de doenças crônicas decorrentes da alimentação inadequada: obesidade, hipertensão e dislipidemias,
- Auxilia na redução do Diabetes melittus tipo I
O leite materno apresenta importância e a superioridade em relação aos leites de outras espécies. Introduzir precocemente outros alimentos (antes do sexto mês) pode desencadear:
- Aumento de episódios de diarreia
- hospitalizações por doença respiratória
- diminuição na absorção de minerais como o ferro e o zinco, importantes para o crescimento e desenvolvimento infantil
- Maior risco de desnutrição.
Para um aleitamento materno bem sucedido é importante a mamãe estar motivada e o profissional de saúde saber orientá-la adequadamente.
- Colostro: ideal e produzido nos primeiros dias pós parto, em pequena quantidade, com alto teor proteico, sendo extremamente importante para os bebês prematuros.
- O leite materno contém tudo o que o bebê necessita até o 6º mês, inclusive água. Ofertar outros líquidos fará com que o bebê mame menos o leite materno, pois, estes outros líquidos irão substituir seu volume, além de aumentar o risco de contaminação e fazer com que o bebê engula mais ar (aerofagia) pelo uso de mamadeiras, levando a desconforto respiratório e cólicas.
- Pega Errada na Mama: prejudica o esvaziamento da mama, evitando que o bebê mame o leite posterior que é rico em gordura, diminuindo a saciedade e encurtando os intervalos entre as mamadas. Desta forma, a mãe poderá pensar que seu leite é fraco ou insuficiente.
Mamãe atente-se:
- O leite materno contém a quantidade de água que seu bebê necessita
- Ofertar água, chás ou outros alimentos poderá favorecer o adoecimento de seu bebê, além de substituir o volume do leite materno
- O tempo de esvaziamento da mama, depende de cada bebê
- Pega Correta: 1. Boca do bebê bem aberta; 2. Queixo toca o seio; 3. Lábio inferior voltado para fora; 4. A mãe não sente dor ao amamentar
- Ao amamentar, permaneça em posição confortável, com as costas sempre apoiadas na cadeira ou poltrona
- Bebê apoiado no colo materno. Pode ser utilizado almofada ou travesseiro para auxiliar
- A mãe deve ter uma ingesta de água (pura) suficiente e significativa
- Ofereça sempre as duas mamas, isso auxilia para evitar a mastite. A próxima mamada deve ser iniciada pela última mama que a criança sugou
- Acorde seu bebê para as mamadas, inclusive a noite, para que não haja risco de perda de peso e comprometimento do desenvolvimento
- Na média, os recém-nascido apresentam um intervalo de mamadas a cada 3 horas
Importante salientar que a relação afetiva entre a mãe e seu bebê asseguram a construção do psiquismo da criança. Esse vínculo é fortalecido no momento da amamentação, onde o bebê tem sua primeira relação social representada pelo seio materno, o leite, o calor e o contato com o corpo da mãe, seu cheiro (que ele reconhece) e o som dos batimentos cardíacos.
O Aleitamento Materno fará seu bebê ter mais saúde, adoecer menos e se sentir protegido e acolhido
1º de Agosto – Dia Mundial da Amamentação